AGENDA DOS PRÍNCIPES: FESTA MAGNA DA ABOLIÇÃO NA IGREJA DA IMPERIAL IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO E SÃO BENEDITO DOS HOMENS PRETOS

Publicado em 11/06/2024 às 12:00:40

 

No sábado, 18 de maio, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, foi representado pela cunhada, a Princesa Imperial do Brasil, Dona Christine de Ligne de Orleans e Bragança, na Festa Magna da Abolição na Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, no Rio de Janeiro, em comemoração aos 136 anos da Abolição da Escravidão no Brasil por sua bisavó, a Princesa Dona Isabel, a 13 de maio de 1888.

 

Dona Christine foi recebida pelo Capelão, Padre Robson Cristo de Oliveira, que celebrou Missa em Ação de Graças pela Abolição, e o Chanceler do Círculo Monárquico do Rio de Janeiro Dom Luiz de Orleans e Bragança, o Príncipe Perfeito, Bruno Hellmuth. Também estavam presentes outros monarquistas, amigos da Família Imperial Brasileira e figuras de destaque. Antes da celebração, a Princesa rezou, na Capela das Almas, pelo descanso eterno da alma dos escravos; depois, participou de recepção, no Salão Paroquial.

 

Como Regente do Império na ausência do pai, o Imperador Dom Pedro II, Dona Isabel aboliu a escravidão assinando a Lei Áurea (Lei nº 3.353/1888), que havia passado na Assembleia Geral do Império. A Família Imperial apoiou e trabalhou, desde o início, por um Abolição gradual e pacífica, e, por concluir esse processo, a Princesa foi chamada de “A Redentora”. Já o título da legislação, “áurea”, vem da palavra latina “aurum”, que significa “feita de ouro”.

 

A escravidão existiu no Brasil, infelizmente, por 388 anos, e o processo abolicionista incluiu ainda a Lei Eusébio de Queirós (Lei nº 518/1850), assinada por Dom Pedro II, proibindo a entrada de novos escravos no País; a Lei do Ventre Livre (Lei nº 2.040/1871), assinada por Dona Isabel, também como Regente, libertando as crianças nascidas de mães escravas; e a Lei dos Sexagenários (Lei nº 3.270/1885), assinada por Dom Pedro II, libertando os escravos com 60 anos de idade ou mais.

 

Fundada em 1640, para abrigar negros e pardos, a Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos está, desde 1772, na atual Igreja, construída de 1700 a 1737, no estilo colonial. Seu título de “Imperial” foi dado, em 1996, pelo Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil de 1981 até seu falecimento, em 2022, irmão e imediato antecessor dinástico de Dom Bertrand. Por isso, os membros da Família Imperial são Irmãos Natos da Imperial Irmandade.