NOTA DE FALECIMENTO: S.A.I.R. DOM LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA, CHEFE DA CASA IMPERIAL DO BRASIL (1938–2022)

Publicado em 15/07/2022 às 15:33:11

 

O Secretariado da Casa Imperial do Brasil cumpre o doloroso dever de comunicar o falecimento de Sua Alteza Imperial e Real, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, confortado pelos Sacramentos da Santa Igreja Católica e Bênção Apostólica, hoje, dia 15 de julho de 2022, na cidade de São Paulo, aos 84 anos de idade.

 

O velório terá lugar nos dias 16 e 17 na Rua Maranhão, 341 – Higienópolis, São Paulo, SP, aberto ao público na parte da tarde, e dia 18 na igreja de Santa Teresinha, sua Paróquia, na Rua Maranhão, 617, Higienópolis, das 10 às 13 horas, quando será celebrada a Missa de corpo presente, após o que o cortejo fúnebre sairá para o Cemitério da Consolação.

 

Dom Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança foi primogênito do Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil a partir do falecimento da Princesa Isabel em 1921, e da Princesa Dona Maria Elizabeth da Baviera. Nasceu a 6 de junho de 1938, no exilio, em Mandelieu-la-Napoule, França, e foi registrado no Consulado-Geral do Brasil em Paris.

 

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, em maio de 1945, a Família Imperial do Brasil pôde retornar ao País, encerrando assim o injusto e penoso exílio imposto pelo golpe republicano de 15 de novembro de 1889.

 

Com o falecimento de seu Pai em 1981, sucedeu-o na Chefia da Casa Imperial.

 

Ao longo das quatro décadas seguintes, participou ativamente de encontros monárquicos e eventos cívicos e culturais, buscando sempre o contato vivo com a realidade da Nação brasileira. No Exterior, além do cumprimento das suas obrigações dinásticas e familiares em ocasiões da vida social da realeza europeia, proferiu palestras nos Estados Unidos e na Europa.

 

Dotado de sólida formação cultural, aplicou-se sempre, com sua proverbial afabilidade e firmeza, à defesa dos princípios da civilização cristã.

 

Em 1987 empenhou-se no convencimento dos constituintes para a abolição da “cláusula pétrea” — dispositivo constitucional injusto e discriminatório fixado na Constituição de 1891, que proibia qualquer proposta de modificação da forma republicana de governo, dispositivo este repetido na Constituição de 1967, então em vigor, e que deixava os monarquistas como “fora da lei”. Para tal, endereçou sua célebre “Carta aos Srs. membros da Assembleia Nacional Constituinte”, concorrendo eficazmente para a eliminação daquela Cláusula e consequente  convocação  do Plebiscito sobre a Forma e Sistema de Governo, realizado em 21 de abril de 1993. Esse Plebiscito teve como efeito reavivar os sentimentos conservadores do povo brasileiro, que desde então se vêm manifestando.

 

Na qualidade de herdeiro dinástico dos Imperadores do Brasil, o Príncipe Dom Luiz foi, por direito, Grão-Mestre das Imperiais Ordens de Nosso Senhor Jesus Cristo, de São Bento de Avis, de Santiago da Espada, do Cruzeiro, de Pedro I e da Rosa.

 

Foi também Bailio Grã-Cruz de Honra e Devoção da Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta (Ordem de Malta); Grã-Cruz da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, da Santa Sé; Grã-Cruz da Real Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, da Casa Real de Portugal; e Grã-Cruz da Sagrada e Militar Ordem Constantiniana de São Jorge, da Casa Real das Duas Sicílias.

 

Seu irmão, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, que a todos encarece orações em sufrágio da alma do Príncipe Dom Luiz, o sucede como Chefe da Casa Imperial do Brasil

 

Secretariado da Casa Imperial do Brasil

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