AGENDA DOS PRÍNCIPES: MISSA DE 30º DIA DE DOM LUIZ EM SÃO PAULO

Publicado em 06/09/2022 às 12:00:30


Na terça-feira, dia 16 de agosto, celebrou-se na Paróquia Santa Teresinha, em São Paulo, a Missa de 30º dia em sufrágio da bondosa alma do Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, augusto paroquiano daquela Freguesia, falecido a 15 de julho, na capital paulista, aos 84 anos de idade, confortado com os Sacramentos da Santa Igreja e a Bênção Apostólica, depois de prolongada enfermidade, suportada com resignação cristã e conformidade com a vontade de Deus Nosso Senhor.

 

Profundamente consternado, acompanhou o Réquiem por Dom Luiz seu irmão e imediato sucessor dinástico, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, a quem a Divina Providência houve por bem confiar a sucessão dinástica em nosso País, nesta quadra tão atribulada e decisiva de sua História. Para a felicidade do Brasil, assim como foi Dom Luiz, Dom Bertrand é verdadeiro modelo das características e virtudes de todo Soberano que queira ser digno de reinar.


Também concorreram àquela solene ocasião autoridades eclesiásticas, civis e militares, veteranos e jovens monarquistas, amigos de longa data e novas relações da Família Imperial Brasileira, figuras representativas da sociedade, artífices discretos de nossa grandeza nacional e distintas senhoras, bem demonstrando o quão conhecido e estimado era Dom Luiz, em todas as partes do Brasil, em todas as classes sociais de seu povo, entre pessoas de todos os quadrantes ideológicos.


À cabeceira do féretro vazio – estampado com as Armas da Família Imperial – estavam um belo Crucifixo e a bela e maternal Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, a Quem o Príncipe diariamente rogava que fosse-lhe concedida a graça de poder servir ao Brasil com fidelidade, bravura e mesmo santidade. E, sobre o féretro, foi colocada a Bandeira do Império outrora conservada no gabinete de trabalho do Imperador Dom Pedro II, trisavô de Dom Luiz.

 

O Santo Sacrifício da Missa foi oferecido na Forma Extraordinária do Rito Romano pelo Vigário Paroquial da Igreja São Domingos, Fr. José Almy Gomes, O.P., benemérito sacerdote e antiga relação da Família Imperial, que em sua comovente Homilia destacou que o nosso pranteado Imperador “de jure” foi como que uma luz a iluminar todos aqueles desejosos de um Brasil fiel a si mesmo e em ascensão, através da Restauração da Monarquia nesta nossa grande e amada Terra de Santa Cruz.

 

A sacralidade do Rito e a gravidade do hierático recinto – um dos mais solicitados de São Paulo, sobretudo pela devoção por Santa Teresinha, e erigido no tradicional Bairro de Higienópolis, na década de 1920, constituindo assim acabada expressão religiosa do período em que a capital agigantou-se como metrópole –, conferiram grande solenidade à celebração, tocando profundamente os assistentes, levando-lhes a rogar a Deus que em um dia não longínquo triunfem os ideais de nosso saudoso Príncipe.