AGENDA DOS PRÍNCIPES: JANTAR NO REAL CLUBE TAUROMÁQUICO PORTUGUÊS

Na terça-feira, 14 de maio, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, foi homenageado com jantar no Real Clube Tauromáquico Português, em Lisboa, Portugal. O jantar teve a presença do Príncipe Dom Duarte de Bragança, Duque de Bragança, Chefe da Casa Real de Portugal, que saudou o Imperador de direito e estava com o filho e imediato sucessor dinástico, o Príncipe da Beira, Dom Afonso de Bragança.

Dom Bertrand e Dom Duarte são primos de terceiro grau, bisnetos da Princesa Dona Isabel e do Príncipe Dom Gastão, Conde d’Eu. Os Príncipes são também Chefes dos dois ramos da Casa de Bragança, fundada em 1442: o português, reinante a partir de 1640, e o brasileiro, reinante a partir de 1822. Além do parentesco, a Família Imperial Brasileira e a Família Real Portuguesa mantêm boas relações, encontrando-se ocasionalmente, em eventos oficiais e familiares.

Dom Bertrand foi recebido pelo Regente da Cadeira de História do Direito Luso-Brasileiro da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Ibsen Noronha, sócio do Clube, que organizou o jantar em comemoração à viagem do Príncipe, que esteve em Portugal e Espanha entre 10 e 20 de maio, cumprindo agenda de compromissos oficiais e particulares. Estavam presentes ainda outros monarquistas, amigos da Família Imperial, autoridades e figuras de destaque, brasileiros e portugueses.

Dom Bertrand usava então a banda das Imperiais Ordens de Nosso Senhor Jesus Cristo, de São Bento de Avis, de Santiago da Espada, do Cruzeiro, de Pedro I e da Rosa, que só o Imperador – reinante ou de direito – pode usar, como Grão-Mestre dessas Ordens, criadas, entre 1822 e 1829, pelo Imperador Dom Pedro I, tetravô do Príncipe, para reconhecer serviços relevantes ao Brasil. Dom Bertrand usava também as placas de Grã-Cruz das Ordens de Cristo e da Rosa.

Além das condecorações brasileiras, o Príncipe usava a insígnia de Bailio Grã-Cruz de Honra e Devoção da Soberana Ordem Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, da Ordem de Malta, e a placa de Grã-Cruz da Real Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, da Casa Real de Portugal. Dom Bertrand é também Grã-Cruz da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, da Santa Sé, e da Sacra e Militar Ordem Constantiniana de São Jorge, da Casa Real das Duas Sicílias.

Fundado em 1892, sob o alto patrocínio do Rei Dom Carlos I de Portugal, o Real Clube Tauromáquico Português é uma associação privada, a mais antiga do mundo ligada à tauromaquia (também chamada de tourada ou corrida de touros). No século XIX, organizava touradas e se tornou um local de reunião da Nobreza Portuguesa. Hoje, reúne ainda membros interessados em política, trabalho, esporte e sociedade, entre outros temas.

Com origem no século XII, na Península Ibérica, a tauromaquia é um esporte em que se luta com touros, a pé ou a cavalo. É praticada principalmente em Portugal e Espanha, mas também em partes da França e da América Latina, nas Filipinas e Estados Unidos. O esporte tem aspecto de espetáculo, que passa pela criação do touro, confecção dos trajes dos participantes e divulgação do evento. Dom Bertrand é um apreciador da tauromaquia, mas sua prática, no Brasil, é proibida desde 1934.

Veterano monarquista e amigo da Família Imperial, Ibsen Noronha é jurista, professor, conferencista e escritor. Foi Presidente da Juventude Monárquica do Brasil e fundou a Associação dos Amigos da Família Imperial, de Brasília, e a Associação para a Defesa da Tradição, Família e Propriedade, de Portugal. Ensinou também na Universidade de Brasília, no Centro Universitário UDF e na Universidade do Legislativo Brasileiro.