AGENDA DOS PRÍNCIPES: MISSA DE 7º DIA DE DOM LUIZ EM SÃO PAULO

Publicado em 01/09/2022 às 12:00:34

 

Na sexta-feira, dia 22 de julho, celebrou-se na Paróquia Santa Teresinha, em São Paulo, a Missa de 7º dia em sufrágio da bondosa alma do Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, augusto paroquiano daquela Freguesia, falecido a 15 de julho, na capital paulista, aos 84 anos de idade, confortado com os Sacramentos da Santa Igreja e a Bênção Apostólica, depois de prolongada enfermidade, suportada com resignação cristã e conformidade com a vontade de Deus Nosso Senhor.

 

Profundamente consternado, acompanhou o Réquiem por Dom Luiz seu irmão e imediato sucessor dinástico, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, a quem a Divina Providência houve por bem confiar a sucessão dinástica em nosso País, nesta quadra tão atribulada e decisiva de sua História. Para a felicidade do Brasil, assim como foi Dom Luiz, Dom Bertrand é verdadeiro modelo das características e virtudes de todo Soberano que queira ser digno de reinar.

 

Estavam igualmente presentes dois dos demais irmãos do insigne falecido, o Príncipe Dom Pedro de Alcantara e a Princesa Dona Maria Gabriela de Orleans e Bragança; sua cunhada, a Princesa Dona Maria de Fátima de Orleans e Bragança, esposa de Dom Pedro de Alcantara; os filhos destes, o Príncipe Dom Gabriel e as Princesas Dona Maria Pia e Dona Maria Manuela de Orleans e Bragança; e ainda a Princesa Dona Luciana de Orleans e Bragança, esposa de Dom Gabriel.

 

Também esteve presente um primo de Dom Luiz, o Príncipe Dom Casimiro de Bourbon-Sicílias, com o filho, o Pe. Príncipe Dom Alessandro de Bourbon-Sicílias, além de Cavaleiros da Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta e da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém (esta última conferida pela Santa Sé), das quais o Príncipe tinha a honra e a distinção de ser Bailio Grã-Cruz de Honra e Devoção e Cavaleiro Grã-Cruz, respectivamente.

 

Por fim, ainda concorreram àquela solene ocasião incontáveis autoridades eclesiásticas, civis e militares, veteranos e jovens monarquistas, amigos de longa data e novas relações da Família Imperial Brasileira, figuras representativas da sociedade, artífices discretos de nossa grandeza nacional e distintas senhoras, bem demonstrando o quão conhecido e estimado era Dom Luiz, em todas as partes do Brasil, em todas as classes sociais de seu povo, entre pessoas de todos os quadrantes ideológicos.

 

Naquele hierático recinto – um dos mais solicitados de São Paulo, sobretudo pela devoção por Santa Teresinha, e erigido no tradicional Bairro de Higienópolis, na década de 1920, constituindo assim acabada expressão religiosa do período em que a capital agigantou-se como metrópole –, a cabeceira do féretro vazio – estampado com as Armas da Família Imperial – estavam um belo Crucifixo e a bela e maternal Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil.

 

Sobre o féretro, fora colocada a Bandeira do Império outrora conservada no gabinete de trabalho do Imperador Dom Pedro II, trisavô de Dom Luiz, e, sobre uma almofada, foram depositadas a sua Banda de Grão-Mestre das Imperiais Ordens de Nosso Senhor Jesus Cristo, de São Bento de Avis, de Santiago da Espada, do Cruzeiro, de Pedro I e da Rosa, a Placa da Ordem de Cristo e o Colar da Ordem da Rosa, símbolos tangíveis da majestade que, por 41 anos, o Príncipe encarnou na Chefia da Casa Imperial.

 

Em outra almofada, bem demonstrando o prestígio que Dom Luiz possuía junto à Igreja e às outras Famílias tituladas, estavam três de suas outras condecorações: as insígnias de Grã-Cruz das supracitadas Ordens de Malta e do Santo Sepulcro; e também a de Grã-Cruz da Sagrada e Militar Ordem Constantiniana de São Jorge, da Casa Real das Duas Sicílias. O Príncipe foi ainda Grã-Cruz da Real Ordem Militar de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Vila Viçosa, da Casa Real de Portugal. 

 

O Santo Sacrifício da Missa foi oferecido na Forma Extraordinária do Rito Romano pelo Vigário Paroquial da Igreja São Domingos, Fr. José Almy Gomes, O.P., benemérito sacerdote e antiga relação da Família Imperial, que em sua comovente Homilia destacou que o nosso pranteado Imperador “de jure” foi como que uma luz a iluminar todos aqueles desejosos de um Brasil fiel a si mesmo e em ascensão, através da Restauração da Monarquia nesta nossa amada Terra de Santa Cruz.

 

A sacralidade do Rito e a gravidade do local conferiram grande solenidade à celebração, tocando profundamente os numerosos assistentes e, com toda certeza, levando-lhes a refletir acerca da inabalável confiança que Dom Luiz tinha no futuro cristão e monárquico do Brasil. Portanto, roguemos a Deus, por intermédio da Senhora Aparecida e de Santa Teresinha, que em um dia não longínquo faça triunfar os elevados ideais aos quais o Príncipe consagrou sua nobilíssima existência.