Dona Maria I

RAINHA D. MARIA I DE PORTUGAL

A Rainha D. Maria I de Portugal, hexavó do Chefe da Casa Imperial do Brasil, nasceu a 17 de dezembro de 1734, sendo filha do Rei D. José I de Portugal e da Infanta D. Mariana Vitória da Espanha.

Em 6 de junho de 1760, no Real Paço de Nossa Senhora da Ajuda, foi desposada pelo tio, o Infante D. Pedro de Portugal. Desta união, nasceram sete filhos, sendo quatro varões.

Em 1777, ascendeu ao Trono como Rainha D. Maria I de Portugal, a primeira rainha reinante do país. Durante seu governo promoveu nova concordata com a Santa Sé, tratados de comércio, missões científicas ao Brasil e outros domínios, o fortalecimento militar, a melhora nas contas públicas, a criação da Academia Real das Ciências de Lisboa, da Real Biblioteca Pública da Corte, da Academia Real de Maria e da Casa Pia de Lisboa.

No Brasil, algumas de suas ações merecem destaque, como o levantamento científico da Amazônia, a criação de Jardins Botânicos nas principais cidades, os tratados limítrofes de Santo Ildefonso e do Pardo e a comutação da pena de morte em exílio de doze dos treze conjurados da Inconfidência Mineira.

Rainha muito católica – o que lhe garantiu o cognome de “A Piedosa” –, estimulou as devoções à Imaculada Conceição e ao Sagrado Coração de Jesus, em honra do qual mandou construir a Basílica da Estrela, em Lisboa.

Na década de 1790 manifestou-se sua doença mental, o que a incapacitou de governar. Desde logo seu filho, Príncipe D. João, assumiu a função de Príncipe Regente, o que lhe deu legitimidade para gerir as questões do Reino.

Em 1808, chegando ao Brasil com a Família Real e a Corte Portuguesa, D. Maria I e séquito se estabeleceram no Convento do Carmo, localizado nos fundos do Paço Real da Cidade.

Em 16 de dezembro de 1815, com a criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, manteve-se como Rainha simbólica, sem se envolver em assuntos de Estado devido a sua
para Lisboa e sepultado em mausoléu na Basílica da Estrela.